google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 NOVO HONDA FIT - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

NOVO HONDA FIT


O principal, senão único, problema do Honda Fit, a fábrica acabou com ele: aproveitando a primeira evolução, recalibrou a suspensão, imagino que só cargas dos amortecedores (pelo menos é no que eu mexeria), que eram altas demais. Com isso, mais as alterações dimensionais e grande aumento de potência no motor 1,4-litro (1,339 litro, na verdade), o compacto japonês deu um bom salto.

Passei uns dias com um LXL de câmbio manual, que se mostrou um agradável e eficiente veículo familiar. Aliás, eficiência é lugar-comum nos Hondas, que exibem uma engenharia e uma fabricação de respeito. Tem sido assim desde que conheci o primeiro Honda, um Accord 1991, ainda durante meu tempo na revista Oficina Mecânica.

O novo Fit, lançado durante o último Salão do Automóvel de São Paulo, está maior em todas as dimensões, inclusive bitolas e, no caso do LXL, 34 kg mais pesado (1.080 kg). O volume do compartimento de bagagem cresceu bem, de 353 para bons 384 litros.

O motor 1,35 já era flex e desenvolvia 83 cv a 5.700 rpm com álcool. Agora, com quatro válvulas por cilindro em vez de duas, chega a 101 cv a 6.000 rpm, mesmo combustível, ficando a baixa assegurada pelo sistema i-VTEC, o sistema patenteado pela Honda que cuida de variar tempos de abertura e levantamento de válvulas – só as de admissão nesse caso – mais o "i" de coletor de admissão variável.

Tenho que registrar que embora seja um belo motor, perde para o do Corsa de apenas 50 cm³ mais, de duas válvulas só e nada de variador de comando e de coletor, que chega a 105 cv à mesma rotação do Honda. Este tem mais torque, 14,8 m·kgf a 4.800 rpm, mas o Chevrolet não faz feio com 13,4 m·kgf a 2.800 rpm. Principalmente se for levado em conta que a essa rotação o Honda mal chega a 12 m·kgf. Portanto, palmas para a GM.

Palmas e a prova de que, a não ser quando é usada superalimentação, não há substituto para taxa de compressão. No Chevrolet é 12,4:1 e no Honda, uma tímida (ou cautelosa) taxa de 10,5:1.

Andar, anda, embora nada empolgante. Em estrada, naquela faixa 100~120 km/h a vitalidade deveria ser um pouco maior. Mas dá para viajar bem, conta-giros a 3.500 rpm a 120 km/h e o computador de bordo mostrando entre 9,8 e 10 km/L de álcool.

O que não dá para entender é haver no painel, sem poder ocultar, um vacuômetro travestido de medidor de consumo. É o passado, presente.

Por falar em consumo, o tanque é um item que precisa mudar. Só 42 litros é pouco. Carro tem que ter 500 km de autonomia.

No mais, é um bom automóvel familiar, como eu disse, esse "crossover" de hatchback e minivan. Bem-acabado, bom sistema de áudio com entradas para os acessórios de hoje, bolsas infláveis frontais, três apoios de cabeça e três cintos retráteis atrás, volante ajustável em altura e distância, freio a disco nas quatro rodas com ABS (só o LX permanece com tambores atrás). Faz curva bem e inspira confiança. O volante de direção de cerca de 36 mm de diâmetro, igual ao do Civic, é particularmente agradável.

Esse novo Fit só é algo caro: R$ 54.635 para um 1,4 é meio exagero. Com câmbio automático de cinco marchas (não disponível na versão 1,4 antes), chega a R$ 58.410.

Fora isso, é um carro que pode fazer muita gente feliz.

BS

36 comentários :

  1. Foi exatamente este comentário sobre o motor que fiz quando do seu lançamento, perante o motor da GM. É muito custo pra pouco resultado, só serve mesmo para agradar ao ego de se ter sob o capô um motor com recursos do nosso tempo. A GM que é acusada por muitos de ter motores de família antiga, é justamente quem brilha nos seus 1,0 e 1,4. E agora também o Celta passou a usar o 1,0 do Corsa, com 78 cv, que embora com torque máximo a 5200 rpm, 95% ja estão disponíveis a 2800 rpm. Realmente o caminho da taxa de compressão é o mais fácil, e como diz um provérbio chinês: o fácil é o certo.

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  2. André,

    Acho que ninguém contou para os japoneses que a gasolina brasileira é de 95 octanas RON (premium, 98). No Corolla, pior, 10:1 apenas.
    Agradeço o comentário! Velhos tempos de Best Cars!

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  3. os japoneses têm mania de reinventar a roda

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  4. Ary,
    Hoje 10:1 é taxa baixa para motor a gasolina. O que dirá a álcool. Ficaram doidos.

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  5. Certeza que 95% do torque do VHC 1.0 estão disponíveis aos 2800 RPM?

    Só tenho medo desse 1.4 em altas kilometragens. O do prisma de longa duração da 4 rodas estava com carbonização das vávulas.

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  6. Só acho pena terem tirado o cambio CVT. Achava muito suave e eficiente. Dava para perceber a "queimada" de embreagem ao sair de ladeiras bem ingremes. E respondia bem colocando a alavanca na posiçao S. Na teoria era muito mais eficiente que o manual comum, por manter a rotaçao sempre proxima a do torque maximo, mas se nao me engano durante o Longa Duraçao da 4R nao deu muita diferença no consumo.

    Mas Bob algum comentario sobre o Fit 1.5 ?

    Abraço !

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  7. Bob agora lembrei de uma entrevista sua com o presidente da GM para a revista da SAE, que o senhor o tinha questionado sobre os familias 2. Que nao tinham tanta tecnologia quanto os atuais familias 1, se nao estariam um pouco atrasados.

    O que é verdade, pois o 1.8 16v do civic gera 140cv e o beberao 2.0 8v da GM gera 127,6cv. A GM manda super bem com o "smallblock" familia 1 e perde no "bigblock" familia 2 !

    Por que nao importar/fabricar aqui os Ecotecs familia 2 ? Custo ?

    São raros os GMs 16v e nem sao tao bons assim, nao ?

    Abraço !

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  8. Eu sempre achei o primeiro Fit seriamente "overpriced" porque custava o dobro de outros reais competidores. Com o tempo o mercado de carros no Brasil ficou deturpado, qualquer carrinho 1.6 com ac+dh ultrapassando a casa dos 40k enquanto o Fit manteve seus preços mais ou menos no mesmo patamar, de modo que ele ficou RELATIVAMENTE mais barato.

    Depois de conhecer o carro mais de perto eu percebi que essa alteração relativa de preço tornou o carro interessantíssimo... Pois como produto o Fit está muito a frente de seus concorrentes, principalmente no tocante à qualidade de construção. É principalmente nas coisas simples e escondidas como a bitola dos fios elétricos que você percebe a diferença.

    A Honda fez 50 milhões de motores VTEC e nunca ninguém ouviu falar de defeitos crônicos, problemas de durabilidade ou algo parecido. Lembrando sempre que eles colocaram isso no mercado já com essa confiabilidade pelo menos 10 anos antes da concorrência. É uma coisa realmente impressionante.

    Eu jamais teria um porque acho o motor 1.3/1.4 raquítico. Os atuais 100hp devem ser melhores, mas duvido que sejam empolgantes. Mas como a enorme maioria das pessoas não se importa muito com isso, fica a vantagem do consumo excelente obtido pelos motores da Honda.

    É realmente um excelente produto.

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  9. Bob, parabéns por compartilhar aqui essa sua volta no Fit. Sobre a taxa de compressão, parece ficar bem claro que a Honda não quer arriscar mesmo a entrega de um motor à seus clientes no qual o uso de álcool seja o preferido tecnicamente. Perfeitas as colocações quanto à capacidade ridícula do tanque de combustível. E o carro é caro,hein? São reais que pagam dois Pálios e ainda sobra para uma CG 150...

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  10. Bob,
    Considerando a confabilidade e robustez do GM Família II, ainda há margem para melhorias nesse motor, visando aumento de potência e menor consumo? Foi decepcionante a GM não ter feito nada para avivar o motor num carro interessante e com proposta esportiva como o "Vectra" GT, que tem mostrado vendas pouco significativas.
    Um grande abraço!

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  11. Esse comentário anômimo aí em cima é meu. Cliquei sem querer no "publicar comentário" antes de assinar...

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  12. O familia II tem espaço para melhora sim... Tanto que os Ecotec usam essencialmente o mesmo bloco, se não me engano.

    Fala-se de um 2.0 roletado para esse ano com potência na casa dos 130 - 140cv, o que é excelente para um 8 valvulas!

    Se lembrarmos que o VW EA113 tem 120 e ninguém fica reclamando que é velho etc... Aliás, já deu no saco esse papo de que vectra usa motor de monza. O pessoal não saca lhufas de motor e fica cantando essas coisas nas comunidades afora. Dai vc fala para um cara desse que o EA111 que equipa Polo, Golf 1.6 é um projeto da década de 70, o pessoal fica com cara de bobo.

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  13. Eu acredito que não seja propriamente um vacuômetro (com base no vácuo do coletor, e que não serve de base para menor consumo). Deve ser como o do Mille, BMW 7 etc, medidor de consumo instantêneo com base na vazão de combustível.

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  14. Caio, você disse 1,0 mas no caso estamos falando do 1,4. Sim, esse dado é oficial da GM. Os motores Chevrolet família 1 são realmente muito elásticos.

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  15. Caio, esqueci de comentar a questão de carbonização de válvulas na desmontagem do Prisma de Quatro Rodas. É muito difícil ser problema do motor. O mais provável é combustível adulterado ou óleo de baixa qualidade.

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  16. Ary, a comunidade automobilística não entendeu o por quê de taxa tão baixa e na coletivas de imprensa nenhum explicação foi dada, apesar das perguntas.

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  17. Leonardo, foi surpresa geral tirarem o CVT e não houve explicação, bem à japonesa. O CVT é eficiente e os passageiros gostam da aceleração suave, sem interrupção. Mas prefiro sentir as marchas irem sendo trocadas, fora que o câmbio automático da Honda é excelente. Saiba que nos EUA o Fit não é vendido com CVT. Talvez seja questão de preferência do mercado pelo automático ortodoxo.

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  18. Bob, quando comentei do 1.0, fiz referência ao primeiro comentário que disse; "E agora também o Celta passou a usar o 1,0 do Corsa, com 78 cv, que embora com torque máximo a 5200 rpm, 95% ja estão disponíveis a 2800 rpm."

    Nunca vi nenhuma menção à isso, aliás, não sabia que a curva de torque desse motor era tão plana. Os fabricantes poderiam disponibilizar essas curvas para nós.

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  19. Marcelo, é leitura de vacuômetro em escala de consumo, sim. Pé leva não gasta nada, pé pesado consome. Nada a ver com o sistema do Mille Economy.

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  20. Caio, está certo, você não havia feito o comentário para mim, mas para o que o André Andrews havia dito. Sim, as curvas de torque estão cada vez mais planas, qualquer que seja a marca. As fábricas não gostam muito de disponibilizar as curvas de torque e potência por receio da concorrência.
    É por isso que digo há anos que olhar só as rotações do picos de torque e potência é insuficiente. Mesmo que a fábrica não informe, dá para perceber a curva de torque dirigindo.

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  21. Obrigado pelo esclarecimento. Deste modo a Honda fez besteira, pois está induzindo ao método errado de dirigir para menor consumo nos motores ciclo Otto.

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  22. GM - motores familia II , rollers, a partir dos modelos 2010, beberrao ainda, mas com cento e quarenta e alguns...aguardem.

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  23. Os Brasileiros não pesam a longo prazo !!

    Os motores da Honda, foram projetados para ter alta durabilidade !! Nota-se que os motores da GM ou de outras montadoras como VW ou Ford, não adequam corretamente seus motores, nota-se nos motores flex, que na primeira partida de manhã, um ruído de detonação pode ser ouvido nitidamente, ou seja os motores não foram devidamente adequados !Além disso taxa de compressão não é tudo no motor, existem outros fatores muito mais importantes. No caso da GM, são realizados apenas quebra galhos ! Apesar do motor 1.4 da Honda possuir apenas 80 CV, trata-se de um motor muito, muito mais equilibrado frente a de outras montadoras !!!

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  24. Peguei um desses para minha esposa, o modelo EXL 1.5 com câmbio automático e trocas no volante. É nosso segundo FIT, embora este seja mais duro e de maior consumo a satisfação com o carro é alta. Mesmo ainda novo (está com 12 mil KM), não dá nenhum problema, é econômico e custa pouco pra manter.

    Trata-se de um carro excelente para uso urbano, é ágil e leve, além de muito completo e silencioso. Ficou lindo por dentro e por fora, mas não gostei do couro ecológico. Tb tive que fazer um "tratamento" para acabar com os barulhinhos originais, que nunca mais voltaram. Fora isso, é um projeto moderno e isso se mostra no dia-a-dia.

    É um carro caro pelo que oferece, mas como sempre faço procurei até encontrar um semi-novo realmente novo (2010, completo, prata, procedência garantida e com apenas 3.900km rodados). Paguei quase 20% a menos por um carro que ainda está na garantia até 2013 e praticamente não perdi nada em desvalorização desde que o peguei. Fora que vende no ato, é anunciar e correr pro telefone.

    Não pego carro zero mais, tem muita oferta excelente por aí, basta ter paciência, algum conhecimento e vontade. Nós brasileiros somos muito frescos e exigentes, mas no fundo somos explorados pq nos submetemos aos fabricantes.

    Abs a todos e obrigado pela matéria.

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  25. Embora o tempo tenha passado, vale a pena comentar. Antes eu era um entusiasta dos carros da GM e tive três, um Corsa 2003, um Vectra 2005 e um Astra 2007 ... Todos tiveram problemas sérios: O Corsa superaquecia em transito pesado, até eu trocar o radiador original por outro adaptado ... o Vectra fundiu o motor com 22 mil km sem razão aparente na primeira viagem após uma revisão ... o Astra tinha problema crônico de consumo de óleo que não foi resolvido ... GM nunca mais ...

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  26. Olá, Bob!

    Tenho um New Fit 1.5 manual e a 100 km/h, o carro já se encontra a ~3300 giros. A 120 km/h, temos ~4000 giros e a vibração e ruído na cabine incomoda um pouco. Curioso para saber o porquê desse câmbio curto, fuçei no manual e constatei que o Fit 1.35 tem câmbio mais longo. A 1a e 2a são iguais em ambos (3,307 e 1,750), e então temos 1,171 x 1,235, 0,923 x 0,948 e finalmente 0,767 x 0,809, para o 3a, 4a e 5a no 1.35 e no 1.5 respectivamente. Diferencial em ambos de 4,625. Fiz as contas aqui e a 100 km/h o 1.35 deve girar por volta de 3000 rpm, o que me parece bem mais razoável. Qual será a razão dessa escolha? Não seria mais lógico o motor de maior cilindrada receber câmbio mais longo, e não o contrário?
    Para relembrar, os dados do 1.5 são: 115 cv @ 6000 rpm, 14,8 kgf*m @ 4800, 10,4:1 de taxa e diâmetro x curso de 73x89,4 mm. No 1.35, por sua vez, 101 cv @ 6000 rpm, 13 kgf*m @ 4800, 10,5:1 de taxa e diâmetro x curso de 73x80 mm.

    Muito obrigado e parabéns pelo blog,
    Daniel Santos

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  27. Daniel,
    Pois é, foge-me à compreensão como uma fábrica faz uma coisa dessas. Caminham para o lado errado!

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  28. Bob, existe alguma chance de este motor ser mais econômico em giros mais altos do que o 1.35? Talvez pelo VTEC? Fico imaginando se talvez tenha sido por isso que a Honda determinou uma faixa de rotação mais alta para velocidades de cruzeiro, ou nada a ver?
    É bom eu saber isso pois tenho costume de passar marcha bem rápido, gosto de andar com giro bem baixo, mas não sei se no fundo não acabo gastando mais combustível fazendo isso.

    Abraços,
    Daniel Santos

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  29. Bob, você consegue me dizer qual é altura livre do solo dos modelos Fit da Honda? Não acho essa informação em lugar algum, nem mesmo nas especificações da Honda. Um grande abraço e parabéns pelo Blog!

    Jesus Lopez Aros

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    1. Jesus,
      Desculpe a demora. Carro descarregado, 160 mm; com carga máxima, 120 mm.

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  30. Ao ligar o ar condicionado, o ventilador no radiador aciona de dez e dez segundos, o barulho incomoda muito, existe solução ?

    Grato

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  31. Anônimo 13/05/13 17:13
    Não há como modificar isso, é a estratégia para manter á água na temperatura que a fábrica determinou. Mas com carro andando não se percebe, correto?

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    1. Correto, em movimento não percebo, mais com veiculo parado, ao acionar, os farois diminuem a luminozidade..........fora este detalhe, não possuo reclamações quanto ao veiculo, mais a Honda deveria colocar em uma rotatividade mais baixa, geralmente em outros veiculos existem dois estagios.

      Grato,

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    2. Existe maneira de diminuir o barulho ?

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    3. Provavelmente sim, mas cabe à fábrica fazê-lo. Se quiserem, é óbvio.

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  32. Bob, qual o melhor custo-beneficio : novo prisma 1.4 ou new fit 1.4 ?

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