google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 DIA MUNDIAL COM CARRO, TODOS OS DIAS E SEMPRE - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

DIA MUNDIAL COM CARRO, TODOS OS DIAS E SEMPRE

Foto: www.odiario.com
Chamo o dia 22 de setembro de "Dia Mundial da Palhaçada". Simplesmente não reconheço o "Dia Mundial Sem Carro". Como autoentusiasta, tenho todo o direito de assim chamar esse movimento que muitos apreciam, mas que para mim é apenas brincadeirinha de quem não tem o que fazer, alguém ou alguns quererendo sobressair.

Não sei de quem foi a ideia exatamente, mas provavelmente partiu de um desses ecochatos que acham que a vida se resume em andar de bicicleta - de preferência todo paramentado, inclusive com aquele capacete estranho e comprido que deixa o indivíduo com crânio dolicocéfalo, longo - o oposto do curto, braquicéfalo, como o do presidente da República.


A bicicleta é um ótimo veículo, saudável, pedalar é uma das boas coisas da vida (quando o clima ajuda), mas querer basear a matriz de transporte nela é querer que cidades grandes como São Paulo se tornem uma Saigon II de tanta bicicleta.

E a bicicleta é o meio de transporte individual por excelência. A motocicleta e o scooter pelo menos podem levar um passageiro.

Ou  então o "Dia Mundial sem Carro" foi bolação de algum vivaldino que quer as ruas e estradas só para ele.

Essa palhaçada começou em 1998 na França, em 35 cidades lá e aqui a macaquice de imitação chegou rápido, três anos depois.

A qualidade de vida que os inimigos do carro dizem buscar se consegue com organização e educação, sempre com soluções plausíveis e inteligentes.

Por exemplo, reduzir velocidade por meio de "ondulações transversais", o nome técnico da lombada, é a maior burrice que conheço. O efeito sobre a qualidade do ar é brutal, uma vez que a cada lombada é necessária nova aceleração.

Sobretudo deseduca, pois só se passa a rodar devagar diante delas, sua ausência significando pista liivre para acelerar. Esvai-se toda a responsabilidade do ou da motoristas em digirir com cautela quando a situação o exige.

Também, torna extremamente problemático o transporte de doentes e feridos em ambulâncias devido aos inevitáveis solavancos. O mesmo para a circulação de veículos do corpo de bombeiros.

Fora que os carros para rodarem no Brasil têm de ser mais altos que nos países avançados, resultando em maior arrasto aerodinâmico, com consequente aumento do consumo de combustível e menos estabilidade, tudo o que não se deseja..

O que é preciso é aumentar sempre a oferta de transporte subterrâneo de massa, para que as pessoas possam utilizar o meio mais fácil e conveniente para se deslocarem na cidade. Uma escolha natural, lógica, voluntária, e não acabar com o carro particular "na marra".

Mas governos precisam também ter vergonha na cara e evitar os grandes adensamentos populacionais, ou nem metrô resolve. Veja-se as imagens do metrô de Tóquio e até de São Paulo, mostrando o caos no transporte público. No Japão existe uma tropa empurradora de gente para dentro dos vagões em determinadas estações. E o volume de gente nos terminais de ônibus de São Paulo é de impressionar.

O "Dia mundial sem carro" é uma grande bobagem. Que tal gastar neurônios em coisas mais sérias?

BS

58 comentários :

  1. Concordo plenamente com o colega. Basta a vontade e ações para se resolver o problema.

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    Respostas
    1. Vida é movimento. Use carro pois é bem mais confortável, seguro e rápido que caminhar, mas pratique atividades físicas para combater o sedentarismo causado pelo próprio carro.

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  2. Concordo. O Transporte publico deveria funcionar.. ai até eu deixaria o carro na garagem. O carro em sí não é o problema. Como citado no texto, é a falta de opção. Vou deixar o carro na garagem e ir e voltar do trabalho feito uma sardinha em conserva? Político não faz isso né???

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  3. Mister Fórmula Finesse22/09/2010, 09:44

    Essa do dia mundial sem o carro é de doer mesmo, mania de demonizar a máquina que deu a verdadeira liberdade a nós; pobres bípedes.

    Quanto as bicicletas, como sou ciclista amador, entendo que têm que haver hora e local, principalmente local... como na Holanda ou França, onde o negócio é levado mesmo a sério, e não como a Saigon mencionada. Sem ciclovias, só um maluco de pedra irá enfrentar de bike o trânsito das grandes cidades, e mesmo das pequenas é algo bastante perigoso. Mesmo que o capacete - necessário sempre - e todo o aparato esteja sendo usado.

    Lombadas:
    "Também, torna extremamente problemático o transporte de doentes e feridos em ambulâncias devido aos inevitáveis solavancos. O mesmo para a circulação de veículos do corpo de bombeiros..."

    Esse sim é um câncer que infesta as nossas ruas, na condição de motorista já é ruim; mas uma vez por semana - na condição de agente voluntário - eu acompanho de perto o que é trafegar com o carro de resgate nas condições de piso mau tratado por essas espúrias.

    Dia mundial sem carro é uma tolice, não só para autoentusiastas, mas sim para todos!

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  4. Também não tenho nada contra a bicicleta e acho saudável não fazermos tudo de carro. Pedalar mais, caminhar mais é sempre bom.
    Agora querer colocar no carro a culpa do caos é errado. Como eu digo, é querer culpar a água pelo vazamento ou os doentes pela falta de leito dos hospitais.
    Fiscalização de verdade, plano de renovação da frota, transporte público de qualidade... ah, isso é muito difícil. O bom é rodízio, multa de radar e bicicleta.

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  5. Não existe veículo correto ou vilão em matriz de transportes.

    O que existe é hierarquia de transportes que varia em cada local de acordo com economia, geografia, etc.

    TODO tipo de veículo é importante, mas cada um tem seu lugar e hora de ser usado.

    O que falta é política de transporte público e arquitetura/urbanismo em São Paulo pra diminuir o caos. Rever pavimentação (inclusive para pedestre), condições de sinalização, tráfego em dias chuvosos, sistema de transporte de massa, transporte de cargas, etc.

    Também acho que São Paulo pode incentivar mais o uso da bicicleta, mas essa de "dia mundial X" é estúpido e falacioso, foca grupos e não o todo.

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  6. Eu gostaria muito de ir trabalhar as vezes com a minha bicicleta pois de casa ate meu local de trabalho são somente 12 Km , mas é um risco transitar pelas vias que utilizo, ai eu pergunto:
    Cadê as ciclovias? o custo para implantar é muito pequeno, falta boa vontade dos governantes e se for bem elaborado não vai atrapalhar o transito de outros veiculos.
    No Brasil parece que a bicicleta é transporte de pobres ou de malucos, é ignorada .
    Adoro carros e atualmente vou ao trabalho de moto porque é muuuito mais rápido que de metrô + onibus e bem mais barato $$, Também acho o dia sem carros uma bobagem, façam as ciclovias que ai eu usarei minha bike.

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  7. Em Santiago do Chile, nos domingos é fechada a avenida central para a passagem de vários entusiastas das bicicletas, é realmente o paraíso para quem também gosta das magrelas além dos carros...palcos são montados para a diversão dos pequenos, enquanto o fluxo sempre tranquilo e normal - que capital aquela - segue nas outras vias.

    Existe uma certa cultura das bicicletas por lá, as curvas do Vale Nevado também são tomadas por grupos de ciclistas e os motoristas são sempre bem cuidadosos.

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  8. Luiz Dranger22/09/2010, 12:11

    Caro Bob,
    Como você sabe muito bem uso bastante a bicicleta, mas concordo com você em gênero, número e grau. Isso é coisa de meia dúzia de eco-chatos !
    Abração
    Luiz

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  9. MFFinesse
    Seu exemplo trata de lazer, não de matriz de transporte.

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  10. Rafael Bruno22/09/2010, 12:45

    Como sempre o carro é o vilão de tudo...enquanto os ônibus para transporte, até onde sei , soltam fumaça preta no ar e não precisam passar no controlar. Esses eco-chatos me irritam!

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  11. Sandoval Quaresma22/09/2010, 13:41

    algumas empresas no começo dessa mania de dia mundial sem carro até incentivavam os funcionários a virem trabalhar de bicicleta, ou a pé. mas como as ciclovias, quando existem, só servem para lazer, levando do nada a lugar nenhum, quando muito, interligando parques, os funcionários vinham pelas ruas e aconteceram alguns acidentes. sendo esses acidentes no percurso para o trabalho, são considerados Acidentes de Trabalho pela legislação. não vi mais nenhuma empresa incentivando a participar da sandice eco-chata.

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  12. Mister Fórmula Finesse22/09/2010, 13:48

    Sim Bob, exatamente;

    Mesmo com ciclovias em profusão, apenas uma parcela muito pequena que precisa se transportar seria atendida...em centros urbanos menores, faria um pouco mais de sentido.

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  13. ja comemorei dando uma volta com meu carro carburado e sem catalizador poluindo bastante.

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  14. O objetivo do movimento é fazer as pessoas refletirem sobre o uso dos automóveis, identificarem seus possíveis excessos pessoais e experimentarem outras alternativas.

    Não é ideia de ninguém fazer você ir de diadema até o centro de SP de bicicleta. A bicicleta é apresentada exatamente como possível alternativa, exatamente como você mencionou.

    A ideia também não é te convencer de que o transporte público é bom, bonito e confortável. E é uma forma de comunicar ao poder executivo que você se dispõe a outros meios, caso eles sejam melhores e mais disponíveis.

    Muita gente sai de carro sem planejar o trajeto ou o utiliza para distâncias curtas. Outros sequer sabem quanto tempo gastariam para chegar no trabalho por outros meios.

    Misturar criticas ao governo (exatamente as mesmas feitas pelo movimento) com lombadas em vias públicas - gostaria de saber como você concluiu que os eco-chatos gostam de lombadas - fez com que você escrevesse um texto crítico sem conhecer o movimento. Experimente o google.

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  15. Duro é ver os franceses proporem o "Dia Mundial sem Carro" se nem o "Dia Municipal sem Carro" eles conseguem fazer.

    As cidades precisam mudar suas matrizes econômicas para resolver o problema do transporte de massa.

    O comportamento também tem que mudar: muitas pessoas que podem trabalhar ou estudar em casa, vão trabalhar num edifício de escritórios - onde se enclausuram em baias - ou vão para faculdades - onde fingem que prestam atenção num professor.

    A Internet precisa ser usada de um forma melhor.

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  16. Hugo Eustáquio
    Considero propostas tipo "Dia mundial sem" sem o menor propósito. Como eu disse, é falfa do que fazer. Eu não disse que ecochatos gostam de lombadas; me referi a elas como maneira de responsabilizá-las pelos efeitos maléficos dos automóveis, entre os quais a poluição.

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  17. Como se falou no texto, sim, existem ecochatos que creem que o mundo se resume a bicicletas. Porém, estes são minoria das minorias.
    Os tais capacetes dolicocefalizantes, lembremos, são de uso obrigatório em muitos países do mundo. O mesmo vale em outros países para uso de skate e patins. Segurança não é demais.

    Claro que é loucura tornar bicicleta a matriz dos transportes, mas é preciso sim que se dê a quem a use a mesma facilidade e segurança que possuem os que usam outros modais. Por isso, nada mais certo do que haver ciclovia e ciclofaixa (essa última só mesmo quando não se puder segregar o ciclista). Por que falo isso? Pelo desrespeito que cotidianamente vemos ao ciclista. Quantos respeitam, por exemplo, a distância mínima de 1,5 m para ultrapassar uma magrela? Claro que existem ciclistas que abusam, andam na contramão e sobre calçadas, mas quem dirige também tem de pensar na existência do ciclista.
    Sobre o Dia Mundial sem Carro ter sido criado na França e daí, por macaquice de imitação, adotado em outros lugares, que primeiro pensemos no que viria exatamente a ser isso. Da França surgiu o conceito moderno de estado democrático de direito, que outros países adotaram sucessivamente. Isso é macaquice de imitação ou outros notaram que é melhor viver com garantias individuais do que sob o arbítrio? Tudo bem que a França de hoje, com sua perseguição a muçulmanos e ciganos, não vem cumprindo muito aquilo que legou ao mundo em outros tempos, mas o que importa é o conceito ter se espalhado.

    O tal Dia foi adotado imediatamente após por outros países da UE, e que ninguém duvide que há países cujos habitantes que preferem ver na sua frente o diabo do que um francês. Mas adotaram por conta do conceito. Aliás, nada mais antiautoentusiasta do que um engarrafamento, não é verdade?
    O que se quer refletir a respeito é também sobre condicionar as cidades aos carros e o uso racional do mesmo. Precisamos mesmo ver vários e vários carros ocupados por uma única pessoa? Se em seu trajeto houver transporte público, que se prefira esse a usar carro particular. Há inclusive a vantagem de se poder ler um bom livro durante o trajeto. Coisa semelhante em carro particular só é possível com audiolivro, que nem é assim tão popular.
    Claro que em São Paulo, por conta da topografia, uso maciço de bicicleta é difícil de implantar. Porém, é perfeitamente implantável uma ampliação do transporte público para que ele atenda a cidade toda.

    Em todo caso, não esqueçamos que em NY há pessoas endinheiradas que não têm carro não apenas por causa da eficiência do metrô como também pelo custo que é ter um carro por lá. Vê-se no metrô até mesmo bilionários.

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  18. Vai andar de buzão!

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  19. Hugo Eustáquio
    Todos sabem que existem alternativas, mas todas cansam, te fazem suar, não funcionam direito em dias de chuva e te fazem gastar mais tempo.

    Eu não saio atropelando ciclistas e dizendo que eles estão errados por optarem por uma bicicleta, então não venham satanizar minha escolha.

    Nossa cultura ocidental busca o conforto, sempre. Carros são mais confortáveis. Eu quero ver um defensor desse movimento pegar sua magrela às 12h do dia 22 de janeiro, sob 35 graus e pedalar 3km até o escritório onde trabalha.

    São inúmeros os motivos para não se andar de ônibus, metrô ou bicicleta. Nós, macacos, sempre copiamos os europeus para fingir que não somos subdesenvolvidos. Copiamos como se tivéssemos transporte público superdimensionado e pontual. Como se tivéssemos uma malha viária bem planejada, como se tivéssemos clima, ciclovias e relevo para bicicletas.
    Como se tivéssemos um sistema de trens e metrôs de mais de 100 anos.

    Andei de bicicleta dos 7 aos 22 anos sempre como transporte principal (só obtive a CNH aos 22) e desisti por que cedo ou tarde seria atropelado. Por que meu emprego exige alguma formalidade e não posso chegar suado no trabalho. Não tenho roupas suficientes (nem energia elétrica e sabão em pó) para usar duas ou três camisetas TODOS os dias para simplesmente "trocar" ao chegar no trabalho.

    O incrível sistema de transporte coletivo integrado de minha cidade, instalou um terminal desnecessário a 2 km de minha casa e por isso os ônibus nem param mais nos pontos da região, já que estão lotados de passageiros que só desembarcarão no terminal. Se o trajeto para o trabalho tem 3 km, é melhor ir a pé mesmo (é o que faço).

    Mas em dias quentes, chuvosos ou frios demais, não hesito em pegar meu carro e rodar meros 3 km. Sem culpa.

    O mundo não será salvo pelo retrocesso. O mundo será melhorado pela evolução científica e tecnológica.

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  20. Bob Sharp,
    realmente você não disse que eco-chatos não gostam de lombadas. Assim como não disse que os eco-chatos querem que você leve sua namorada pra jantar de bicicleta. Você também não disse que eles querem te fazer parar de andar de carro todos os dias - afinal de contas, o "dia sem carro" é só uma vez por ano, né?

    Limitou-se a misturar essas frases soltas a outras menos amistosas, como "não tem o que fazer" e "alguns querem se sobressair". Afirmou que os ativistas não tem o que fazer e que também não são sérios:
    "Que tal gastar neurônios em coisas mais sérias?"

    Misturar argumentos desconexos tornou seu texto neocon, o que não condiz com o seu próprio propósito aparente em escreve-lo. Criticar algo publicamente demanda argumentação e civilidade.

    Quero crer que você mesmo ao reler o que escreveu há de convir que tropeçou no objetivo inicial, que aparentemente era criticar o movimento. Se realmente era o objetivo, poderia ter reunido argumentos contra o movimento, não contra as lombadas, o governo brasileiro e os empurradores do japão.

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  21. Hugo Euatáquio,
    Sugiro que leia de novo, com calma.

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  22. Leo
    "O mundo não será salvo pelo retrocesso. O mundo será melhorado pela evolução científica e tecnológica."
    Meus parabéns!

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  23. Leo,

    Acho que sua resposta não foi pra mim, como você citou, mas sim para o "Anônimo".

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  24. Bob Sharp,
    Certo, vou ler depois com mais calma.

    Mas se novamente eu não encontrar um único argumento que moveu a crítica ao dia sem carro, volto e critico de novo.

    Não estou defendendo nenhum retrocesso, só não gosto de ver uma crítica vazia de argumentos. Realmente estou insistindo para saber o porque você é contra um movimento que propõe as pessoas a reflexão.

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  25. Eu sou entusiasta de automóveis desde muito tempo, e há poucas coisas que me deixem feliz como dirigir um carro em condições boas de trânsito. Mas ao ficar mais velho e ter uma postura mais crítica, começo a pensar que em muitas situações, os automóveis são um meio de transporte extremamente ineficiente em relação aos outros disponíveis. Nas nossas cidades atuais onde o espaço e o ar puro são cada vez mais escassos escolher o carro como meio exclusivo de transporte é uma opção que desperdiça recursos que poderiam ser mais bem utilizados em outras coisas.
    Se as pessoas fizessem escolhas racionais, poderiam dispor de seus prazeres de maneira sem violentar a natureza e o próximo.
    E antes que me perguntem, eu tenho carro, mas para me deslocar em S. Paulo tenho preferido condução pública.

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  26. Hugo, foi para você também e repito com uma retífica:

    Nós, macacos, sempre copiamos os europeus para fingir que não somos subdesenvolvidos em vez de solucionar os nossos problemas e nos desenvolver. Copiamos como se tivéssemos transporte público superdimensionado e pontual. Como se tivéssemos uma malha viária bem planejada, como se tivéssemos clima, ciclovias e relevo para bicicletas.
    Como se tivéssemos um sistema de trens e metrôs de mais de 100 anos.

    Andei de bicicleta dos 7 aos 22 anos sempre como transporte principal (só obtive a CNH aos 22) e desisti por que cedo ou tarde seria atropelado. Por que meu emprego exige alguma formalidade e não posso chegar suado no trabalho. Não tenho roupas suficientes (nem energia elétrica e sabão em pó) para usar duas ou três camisetas TODOS os dias para simplesmente "trocar" ao chegar no trabalho.

    O incrível sistema de transporte coletivo integrado de minha cidade, instalou um terminal desnecessário a 2 km de minha casa e por isso os ônibus nem param mais nos pontos da região, já que estão lotados de passageiros que só desembarcarão no terminal. Se o trajeto para o trabalho tem 3 km, é melhor ir a pé mesmo (é o que faço).

    Mas em dias quentes, chuvosos ou frios demais, não hesito em pegar meu carro e rodar meros 3 km. Sem culpa.

    Muita gente faz como eu, mas ao contrário dos ativistas, não precisamos sair bradando aos quatro ventos nem criar movimentos que desrespeitam a opção de cada indivíduo colocando-os como vilões do mundo.

    Talvez quando o Brasil tiver um transporte coletivo pontual e seguro eu volte a andar de ônibus e deixarei meu carro em casa.

    A pior coisa para um entusiasta do automóvel é a sensação de estar arruinando a embreagem e perdendo gasolina no trânsito congestionado. Não fazemos isso por que achamos legal. Fazemos por que é o menos ruim.

    E volto a dizer, o "Dia Mundial Sem Carro" no Brasil é uma macaquice de subdesenvolvidos que perdem o foco dos problemas pra fingir pro mundo que não somos tão subdesenvolvidos como eles pensam.


    Que tal fazer o dia nacional sem metrô lotado?
    Ou o dia nacional sem assalto no trem?
    Ou o dia nacional do ônibus pontual?
    MElhor ainda: DIA NACIONAL SEM ESTUPROS E ASSALTOS A PEDESTRES EM RUAS ESCURAS!

    Topa?

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  27. Leonardo,
    então você não me entendeu. Eu não me proclamei defensor de movimento nenhum. Nem sou a favor de assaltos, nem nada do que você supôs.

    Se eu tivesse lido um texto falando BEM do movimento, esperaria encontrar argumentos para isso.

    Tudo o que eu quero, é encontrar argumentos contrários ao dia sem carro. Não quero argumentos contra ônibus lotado, estupro, capacetes, xiitas de bicicleta ou a incapacidade do governo brasileiro, pois o dia sem carro realmente não resolve esses problemas.

    A ideia é justamente cobrar pela resolução deles, refletindo sobre nossa dependência de automóveis e mostrando as autoridades justamente que não andamos de carro por egoísmo e preguiça, mas porque as outras formas de transporte não são boas ou não estão disponíveis a nós.

    Por favor me dê um argumento contrário ao dia sem carro.

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  28. Pura palhaçada de metidos a ecologicos, o prefeito aqui do Rio veio de bike para o trabalho queria ver ele voltar...
    Organização,educação e medidas inteligentes é que ajuda a resolver o problema, mas temos a tal da Eng. de transito para atrapalhar e prejudicar o transito pois nunca vi fazerem nada de bom...

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  29. Rafael Bruno22/09/2010, 18:48

    Leonardo, disse tudo.

    Que tal fazer o dia nacional sem metrô lotado?
    Ou o dia nacional sem assalto no trem?
    Ou o dia nacional do ônibus pontual?
    MElhor ainda: DIA NACIONAL SEM ESTUPROS E ASSALTOS A PEDESTRES EM RUAS ESCURAS!

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  30. Bob,
    Parabéns por um post necessário e principalmente corajoso. Sou um adepto do transporte multimodal, ou seja, uso o meio que fizer mais sentido dependendo do lugar aonde preciso ir. Isso pode significar ônibus, metrô, sola de sapato, e - sim - o meu próprio automóvel. Mas como você, também fico incomodado com esse papo messiânico de dia sem carro. É coisa de gente angustiada e de mal com a vida.

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  31. Pedro Navalha22/09/2010, 19:05

    Malditos políticos e "ongueiros" que só prestam para policiar nossa vida e criticar os costumes alheios.
    Hoje o pançudo do prefeito andou de metrô e ônibus, todo sorridente. Parece até que nosso transporte público é como o da Dinamarca...
    O dia que essa raça cuidar dos problemas para os quais eles foram eleitos, como saúde, educação e segurança pública eu compro uma bicicleta.

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  32. A verdade é que os carros fósseis vão mudar. É contra esses carros o movimento. Vocês estão muito chatos hoje. E olha que concordo com vocês! Abraços, Fred.

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  33. Este comentário foi removido pelo autor.

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  34. Carioca de saco cheio de tanta palhaçada.22/09/2010, 21:20

    Caro Bob,

    Aqui no RJ foi o seguinte: O Sr. Prefeito posou em frente a pontos turísticos, de casaco, sob um sol primaveril, sempre rindo...

    O que ele não mostrou é que entre as fotos, ele circulou rodeado de batedores da GM e PM...

    E para mostrar que seus servidores aderiram em massa ao Dia da Grande M..., já que o trânsito ficou um inferno, ele fechou todos os estacionamentos da Prefeitura...

    Assim é moleza!!!

    Essa Copa 2014, e Olimpiada2016, vão deixar um legado... um rombo nos cofres do Município, do Estado e da União!!!!!

    Carioca de saco cheio de tanta palhaçada

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  35. Hugo Eustáquio
    Sou contra porque copiamos os europeus para fingir que não somos subdesenvolvidos em vez de solucionar os nossos problemas e nos desenvolver. Perdemos o foco. Gastamos tempo e dinheiro manifestando-nos da forma errada.

    Sou contra por que não há objetivo algum no movimento. Apenas satanizar os carros e fingir que é possível depender menos deles. Infelizmente é a realidade do mundo moderno consumista, capitalista, desenvolvimentista.

    Claro que eu gostaria de ir trabalhar de ônibus e deixar meu carro para os momentos de lazer, mas como vou fazer isso?
    As pessoas trocam o conforto por um pouco menos de conforto, mas jamais trocam o conforto pelo desconforto total.

    Deem-me alternativas e deixarei o carro na garagem. Até lá, eu e meu irmão usaremos o carro todos os dias para trabalhar (o que é melhor que dois carros para duas pessoas).

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  36. O problema é o mesmo de sempre.
    A macacobrás, que copia tudo que vem de fora.
    Meia duzia de ecochatos, que não tem o que fazer, vociferando contra o automóvel que elegeram como o vilão do mundo.
    E no final da tarde ainda fazem uma manifestação, percorrendo a Av. Paulista em suas bicicletas, tumultuando o transito, causando maior consumo de gasolina e aumentando poluição!
    Esse é o nosso Dia Mundial sem Carro, ou como disse o Bob, Dia Mundial da Palhaçada.
    Romeu

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  37. Sou a favor do dia mundial s/ moto. Já pensou que alegria? Um dia s/ buzinadas no corredor, um dia com menos congestionamentos pois os acidentes diminuiriam bastante, s/ escapamentos aberto, seria um dia mais silêncioso do que o dia mundial s/ carro.

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  38. Vamos todos andar a pé, por que a bicicleta é feita de borracha feita do petróleo, possui óleo nas engrenagens e quando for lavar irá poluir milhares de rios, possui metal onde a origem foi no mínimo em um local onde máquinas sugam litros e litros de dísel por minuto.

    Portanto eu recomendo mudar para o "Dia mundial sem rodas", e quero ver todo mundo andar a pé sem sapato, pois blá blá blá...

    Esta idéia de não usar carros é muito utópica. Na Europa até que dá para usar o sistema público de transporte, afinal lá realmente tudo funciona, mas aqui? Sem chance!

    Eu passei uns 23 anos da minha vida dependendo de ônibus (quebrados, lotados, sujos, motoristas mal educados que não seguem intinerário que é o pior) e também de bicicleta para ir a qualquer lugar e quando consigo o maldito dinheiro para comprar um carro, vem umas pessoas que moram em casas chiques, viajadas e que possuem outras coisas que provavelmente nunca terei falarem que é bom usar o sistema de transporte público em detrimento do meu humilde veículo pessoal?
    Sem mais comentários.

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  39. Marcelo

    Também tem a questão do custo. Sai mais caro, no meu caso, ir de ônibus ao trabalho que com meu carro.

    Gustavo

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  40. Quando vejo uma campanha como esta, dá vontade de criar uma outra: a do "Dia Mundial Sem Campanhas Idiotas".
    Mr. Car.

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  41. Fiz questao de sair com os 4 carros que possuo. Ate o fiesta, sem placas, deu umas voltinhas na rua.

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  42. So nao coloquei mais que um carro ao mesmo tempo na rua pq nao consigo dirigir dois ao mesmo tempo.

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  43. Concordo com o Hugo Eustáquio. Não há qualquer argumento plausível contra esse dia.

    É claro que a maioria aqui vai defender seu carro, mesmo que ande a 10 km/h todo dia.

    A idéia desse dia é tentar por o assunto desse grande problema econômico e social.

    Se acham que imitar boas iniciativas é macaquice, que voltem à idade das trevas.

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  44. Jamais deixaria de usar meu carro. Se eu quisesse deixar o carro parado, montava um museu e não uma garagem!

    Aliás, esse crescente número de automóveis fabricados também significam que o "Dia mundial sem carro" é pura "alucinação" de alguns eco chatos.

    A sociedade atual JAMAIS ficaria sem os mimos que a tecnologia nos trouxe. E muitos eco chatos, no fundo, no fundo, querem é que todos voltem à época do tapa-sexo, caça e cipó, como meio de transporte.

    Hello baby! That's evolution!

    Inflação zero por decreto funciona que é uma beleza, no papel. Mas na prática não é bem assim. Mesma coisa que acontece com esses pensamentos de eco chatos. São até boas as intensões mas nada factíveis na prática...

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  45. João Gabriel Porto Bernardes23/09/2010, 11:31

    Só podia ser coisa de francês mesmo...

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  46. Bob Sharp,
    Minhas críticas não foram para defender o dia sem carro, mas para questionar você, que é jornalista.

    Lendo o texto novamente não consigo encontrar onde você inseriu argumentação lógica especificamente contra a manifestação. Infelizmente vejo um texto que começa criticando, e em seguida ao invés de argumentar, cita as lombadas, as ambulâncias passando sobre as lombadas, capacetes esquisitos, a má-vontade política, a individualidade das bicicletas, os empurradores do japão... E conclui simplesmente reafirmando sua posição contrária.

    Contra qualquer coisa na vida é fácil apontar argumentações, o problema é que no seu texto faltou isso.

    Eu apontaria a falta de envolvimento crítico e direcionamento de objetivos e a passividade em não 'afrontar' a classe política caso mudanças não se cumpram como os problemas do movimento, mas também não poderia deixar de notar que é algo que faz as pessoas pensarem (algo tão raro atualmente).

    Mas acho que você publicou seu brainstorm por engano e jogou seu texto no lixo.

    A um jornalista que assume caráter de formador de opinião, eu não espero que necessariamente concorde comigo, mas espero ver em uma crítica algum argumento.

    Att
    Hugo Eustáquio

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  47. Eu simplesmente, como a maioria da população, ignorei o "dia mundial sem carro" em que teve até a prefeita de Ribeirão Preto em mais de um de seus atos folclóricos andou de bicicleta numa ciclovia porcamente planejada.
    Na verdade a ciclovia foi pintada na faixa esquerda (!?!?!) da avenida Maurílio Biagi, uma via de transito rápido. Se atropelar um ciclista, adivinhe quem é o culpado.

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  48. Este comentário foi removido pelo autor.

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  49. Meus caros,

    De que adianta criticarmos algo que visa mudar a nossa vida para melhor?

    Sejamos sensatos, realmente as coisas não se desenvolvem com a rapidez e eficácia que queremos, mas perder a esperança é o melhor remédio?

    Para provar que nada está perdido é só olhar para as ruas de SP. As bicicletas vêm sofrendo um aumento significativo e para favorecer esse aumento foram desenvolvidos projetos a fim de melhorar essa questão, como por exemplo a Ciclofaixa e a Ciclovia na Marginal, de criação e implementação, respectivamente, de Walter Feldman. Obviamente esses projetos necessitam de continuidade, portanto, acredite em quem iniciou esse processo, cabe a nós resolvermos isso.

    http://bit.ly/aOJzBZ

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  50. Concordo plenamente com o Leonardo, sem mais.
    Hugo Eustáquio, quantos anos você tem? 10? 12? Citando seu argumento:"A ideia é justamente cobrar pela resolução deles, refletindo sobre nossa dependência de automóveis e mostrando as autoridades justamente que não andamos de carro por egoísmo e preguiça, mas porque as outras formas de transporte não são boas ou não estão disponíveis a nós."
    Talvez você não tenha entendido, mas "eles" estão cag... e andando pra nós, entendeu?

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  51. Este comentário foi removido pelo autor.

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  52. Eu não acho que o texto do Bob não tenha argumentos. Ele mostrou que o problema não são os carros, e se for, tem coisas muito mais simples para diminuir a poluição e ninguém faz. Sem falar que os carros não são a maior fonte de poluição do planeta nem de longe e precisamos muito deles. Transporte público no Brasil? ando a pé mais de 2 km só de ida ao trabalho para não precisar pegar essas porcarias de ônibus de 300 mil km que nunca viram uma regulagem na bomba de diesel... tenho minhas dúvidas se um monte de carros poluem mais que um só ônibus. Assino embaixo do comentário do Bera Silva.

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  53. Carburador? Faça me o favor!!!23/09/2010, 23:41

    Estão todos enganados!
    Acham que todos os carros ainda tem carburador!!

    Alooooo

    Injeção, sonda lambdaaaaa
    Estequiometria perfeita em parciais
    Taxa alta, cabeçote eficazzzzz
    EGR, Catalisador

    Carburador, faça-me o favor!!!

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  54. Bob, parece que cada vez mais as autoridades tem se lixado para o bem estar e comodidade do cidadão...
    Não faz muito tempo, mandei um email para a prefeitura de Duque de Caxias, município da Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, questionando a enorme quantidade de lombadas desnecessárias (já contei 18 num percurso de 2 km) e fora das especificações e propus que fossem mantidos somente os redutores de velocidade em locais estritramente necessários, como próximos à escolas e praças públicas, inclusive inclui o link de um texto seu na antiga coluna no BCWS. Porém, parece que minha petição foi sumariamente ignorada, já que no percurso que citei no email, que tomo para ir ao trabalho, foram instaladas outras duas lombadas desnecessárias, distanciadas por uns 4 metros, numa rua sem escolas, praças ou que viesse necessitar de um redutor de velocidade. Para mim, isso soou como uma afronta à opinião de um morador, um cidadão que paga impostos...

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  55. Marlos,
    A determinação de colocoar lombadas é uma patologia. Nesse ponto os brasileiros estão enlouquecidos.

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  56. Sabemos que o uso intensivo da nossa linda cadeira de rodas motorizada, o carro, é uma ameaça a saúde pública e, portanto, precisamos rever e questionar nosso comportamento como cidadão.

    Somos uma geração que aprendeu a depender plenamente do transporte passivo e essa dependência vem causando diversos problemas a nossa saúde, entre eles o stress, o sedentarismo e a obesidade mórbida.

    Sabemos qual é a causa de tantos problemas, mas ainda não encontramos uma solução elegante e que atenda as necessidades de cada um. Entretanto, no momento em que paramos pelo menos um dia para discutir o assunto, significa que já estamos mudando e com certeza mudando para melhor.

    A expressão "Dia Mundial Sem Carro" não deve ser entendida com um dia para não utilizar o carro de forma alguma, mas entendida como um dia para reflexão sobre o modo como estamos vivendo.

    Quem usa ou incentiva o uso do carro nesse dia, involuntariamente contribui para o movimento do Dia Mundial Sem Carro, pois ao transitar com seu carro pelas ruas de sua cidade, ajuda a evidenciar as causas do problema e, consequentemente entender a importância da campanha.

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  57. MFFinesse,
    To vendo que você tá precisando viajar mais pelo Brasil.
    Não precisa ficar buscando exemplos lá fora.
    Aqui em Brasilia, todos os domingos, o Eixo Rodoviário é fechado com o mesmo objetivo de Santiago. E como o Bob disse: Isto é lazer.

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