google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 FADING, O INIMIGO DO MOTORISTA - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

FADING, O INIMIGO DO MOTORISTA

Foto: bmwtuningmag.com

O verbo to fade em inglês signfica desvanecer, sumir lentamente, e o substantivo fading representa desvanecimento, sumiço lento, esmaecimento. Ambos, verbo e substantivo, não têm correspondente exato português quando se trata de descrever a perda de eficiência, parcial ou total, do freios por efeito de superaquecimento.

Quando o freio é aplicado a energia cinética, ou de movimento, se transforma em calor, aquecendo o disco ou o tambor, e esse calor se irradia para os componentes do sistema, ou seja, o material de atrito - pastilhas ou lonas, respectivamente - e cilindros de freio, que são as pinças ou cilindros de roda (freio a disco ou freio a tambor).

O calor produz dois efeitos. Na parte hidráulica, eleva a temperatura do fluido; no material de atrito, diminui-lhe o coeficiente de atrito. A redução de atrito é que vai ocasionar o fading.

A maneira mais comum de retardar o aparecimento do fading é ventilar a superfície de atrito, seja disco ou tambor. Devem estar expostos à corrente de ar ou mesmo ser-lhes conduzido ar por algum tipo de tubulação. As aberturas das rodas contribuem também para a dissipação do calor.

No caso dos tambores de freio, eles se livram do calor mais facilmente se forem de alumínio e tiverem aletas de refrigeração. No passado, todo freio a tambor eficiente era assim constituído.

Tambor de freio de alumínio e aletado (pontiworld.com.au)

No Brasil, o FNM 2000 JK, versão brasileira do Alfa Romeo 2000 berlina, lançado em 1960, tinha tambores de freio com esse desenho.

Os primeiros freios a disco não tinham nenhum recurso próprio para acelerar o resfriamento, mas mesmo assim eram mais eficientes que o freio a tambor nesse aspecto. Tanto que se acreditava, erroneamente, que freio a disco não dava fading. Houve até anúncio da Vemag afirmando que "Freio a disco não dá fading".

Disco de freio não ventilado (eurotuning.com)

Algum tempo depois surgiu o disco ventilado, em que as duas superfícies eram unidas por canais de ventilação formando uma verdadeira turbina, que aspirava ar e o jogava para fora pela periferia do disco. Os americanos chegam a chamá-los de rotores de freio (brake rotors).

Disco de freio ventilado (pontiworld.com.au)

Haveria ainda um desenvolvimento, o disco ranhurado ou furado, ajudando não só a dissipar o calor, com também melhorar o escoamento da água.


Disco de freio ventilado e com superfície ranhurada (steelperformance.com)

Disco de freio ventilado e com superfície furada (vertexauto.com)

Todos os fatores iguais, a ocorrência do fading tem relação direta com o composto da pastilha. Anos atrás elas tinham amianto na composição, mas o material foi banido de toda a indústria, inclusive automobilística, por ser cancerígeno. Há muito que as pastilhas não contêm mais amianto e o resultado é que o fading, de uma maneira geral, aumentou.

Além de ocorrer mais cedo, há um outro tipo de fading que é desconcertante, aquele que surge durante a frenagem, capaz de enganar mesmo aqueles motoristas mais experientes. Nos Estados Unidos, começou  haver uma série de acidentes com caminhões por motivo do material sem amianto e os caminhoneiros pressionaram a Agência de Proteção Ambiental para liberar lonas com amianto para caminhões. Até a Nascar teve esse problema e pôde reverter para as pastilhas de freio "antigas".

Felizmente, fora o fading "durante", o fenômeno oorrere algo lentamente, dando tempo para o motorista tomar a providência de diminuir velocidade. Uma vez que o freio volte à temperatura normal, funcionará como se nada tivesse acontecido. Não existe a chamada vitrificação da pastilha, que muitos acreditam ocorrer após um fading severo.

Mas motorista deve estar atento quanto ao tipo de disco de freio. Se não for do tipo ventilado, o fading pode surgir na segunda freada. Como estar descendo  uma serra e precisar frear devido a um veículo lento à frente. Ultrapassa-se mas logo depois precisa-se repetir a freada: o freio pode dar fading imediato.

Aconteceu com um colega da Volkswagen, o Arno Heinernann, que usava uma Quantum 2000 com câmbio automático. Ao descer a serra para o litoral paulista na rodovia Régis Bittencourt, veículo carregado, freou uma vez e na segunda freada, logo depois, não tinha mais freio. Passou um tremendo sufoco para se esquivar de bater. O Santana e a Quantum, ambos versão 2000, não tinham discos ventilados e para piorar as rodas tinham poucas janelas de ventilação. Seis meses depois passaram a ter discos ventilados.

Quando nas provas longas há uma parada no box para troca de pastilhas, dá-se a volta anterior praticamente sem encostar no pedal de freio: é para facilitar o trabalho dos mecânicos, encontrar os freios sem as altas temperaturas do uso em corrida.

Muitos, erroneamente, atribuem fading à qualidade do fluido hidráulico dos freios. Nada a ver. O que o fluido pode trazer de problema é fervura, entrar em ebulição quando receber calor do freio. Nesse caso o sintoma é pedal esponjoso ou, em caso extremos, baixar completamente e de uma hora para outra. Ao ferver, criam-se bolhas de ar no sistema e o movimento dos pistões do cilindro-mestre não consegue mais transmitir pressão para as pinças ou cilindros de roda, pois o ar é compressível..

Fluidos de má qualidade levam à fervura prematura ou então aqueles de boa qualidade conterem água, que se mistura ao fluido trazido pela umidade do ar. Por isso é importante atentar para a recomendação do fabricante do veículo quanto ao prazo de troca, em geral a cada dois anos, independente de qujlometragem.

A temperatura de ebulição varia segundo o tipo de fluido. O DOT 3 é de 205 °C, o DOT 4, 230 °C e o DOT 5, 260 °C. Atenção: só use o DOT 5 se o fabricante do veículo recomendar, pois é um fluido de base diferente (silicone) do DOT 3/4 (base glicol-éter). O carro tem de estar preparado para o DOT 5.

Pastilhas com composto de carbono, usadas em carros de corrida, Fórmula 1 por exemplo, praticamente não dão fading. Em compensação, não se prestam para uso de rua porque frias seu coeficiente de atrito é muito baixo. Só quentes, entre 800 e 900 graus Célsius funcionam bem.

Fading é assunto dos mais sérios em carros de alto desempenho. A Porsche, por exemplo, tem um padrão de teste de fading nos seus carros que é 25 freadas sucessivas de 90% da velocidade máxima a 100 km/h, gerando pelo menos 0,8 g de desaceleração.

Todos os carros testados pela revista Carro, uma das quais onde trabalho, passam por teste de fading e o resultado sempre é publicado no resumo dos testes. Segue o padrão o revista-mãe, a alemã Auto Motor und Sport.

Ainda me lembro no lançameno do Renault Mégane, em 2006, descemos a Serra da Graciosa, no Paraná, e avisei aos dois passageiros que estavam comigo, um não me lembro, mas o outro era o Alfredo Ogawa, diretor de redação de Quatro Rodas (eu trabalhava lá na época), que eu desceria rápido para ver o comportamento dos freios. Andei realmente rápido e o fading foi mínimo - só que uma baita fumaceira de freio deixou o pessoal da Renault assustado. Belo freio!

Sempre fui muito ligado a fading. Uma diversão, quando só no carro ou com alguém "do ramo", era descer a Serra das Araras, perto do Rio, em ritmo de competição e ir notando o surgimento do fading.. Já embaixo, o fading era forte, e eu parava o carro e saltava só para ver o quão rubro estava o disco...Não tanto quanto o da foto de abertura, mas chegava perto. Isso com qualquer carro, de Fiat 147 a Opala!

Coisa de autoentusiasta!

BS

53 comentários :

  1. A minha Veraneio 71 tinha invariavelmente que parar, pelo menos 1 vez na descida da serra de Teresópolis. Tudo bem. A gente mandava um bom lanche, enquanto os tambores esfriavam...

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  2. Marcelo Silva21/06/2011, 16:09

    Mais um post fantástico Bob. Parabéns!

    Conheço muita gente que dirige e acha que tem o carro sob pleno controle em qualquer situação, porém, poucos desses dão a devida atenção ao fading como deveriam e continuam descendo serras inteiras com o pé no freio.

    Meu primeiro fading eu nunca esqueço, moleque, 18 anos, ao volante de um Gol bolinha 1.6 herdado do meu pai, com freios a disco sólidos na dianteira. Eis que vou eu, descendo a serra de Petrópolis em um dia de verão, tranquilamente, quando em uma das pisadas sinto que praticamente não havia força de frenagem. Isso somado ao cheiro de "pastilha queimada" que subia. Sorte a minha que eu já conhecia a situação de fading nos videogames da vida e, daí até o resto da descida, passei a usar o câmbio para segurar o carro.

    Grande abraço.

    MS

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  3. Aléssio Marinho21/06/2011, 16:15

    Bob;

    Quando ele acontece, é um tremendo susto. Lembro do meu antigo Corsa 1.6. Cansei de parar o carro e vir aquele odor de pastilha queimada depois de uma tocada um pouco mais forte. Houve situações que passei aperto por causa de fading. Nada pior que pisar no freio e sentir que ele não vai parar como o nosso reflexo está acostumado.

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  4. Também já passei sufoco por fading...

    Descendo uma serra, estrada de chão, buraqueira, baixa velocidade, segunda marcha engrenada e muito pé no freio... No fim do trecho o Chevette não queria parar, segui caminho lentamente e suando.

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  5. Hoje, aos 23, me lembro que aos 18, pegava o carro da minha mãe para dar umas voltas, e quando voltava ela perguntava o porque de sempre quando eu pego o carro havia um cheiro forte de queimado rsrs. Apesar do carro da época ter discos de freio sólidos, ele nunca me deixou completamente na mão. Percebia apenas que necessitava-se um pouco mais de força no pedal para obter o mesmo desempenho nas frenagens. Além disso, as rodas dianteiras, que eram de aço e com poucos furos, ficavam tão quente que era impossível tocá-las por um tempinho. Rodas de liga além de terem maiores orifícios para ventilação, dissipam mais o calor pelo composto de alumínio.

    Renan Veronezzi

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  6. Sufoco eu passo nos downhills dominicais aqui na serra da Mantiqueira...
    Eu, minha bike, longas descidas sinuosas de terra batida...piso veloz que instiga a descer socando...pedalando e subindo marchas, uma após a outra!
    A cada curva uma alicatada. Os freios vão bem no início, mas logo se aquecem, começam a feder... as sapatas se abaixam...ficam borrachudas, até que você escuta um chiado e, quando vai ver, a pinça tá encostando no aro...
    Metal contra metal...
    Nada de freio a motor...
    E você ali, no sufoco, jogando a massa sobre o pneu traseiro, corrigindo daqui, dali...e rezando como nunca...
    Por Deus, como eu gosto disto!

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  7. Só uma dúvida, sem querer sair muito do tema..

    A vitrificação não ocorre com uma freada forte, mas com o esquenta-esfria sucessivo, ou ela não ocorre de jeito nenhum ?

    Os freios do meu carro estão xiando a 25 mil Km, já foi lixado, ajustado e até ganhou o "spray anti chio" mas não resolveu, depois de algum tempo, o barulho voltou.

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  8. Bob,
    também ja fiz muito isso, esmerilhar o carro, abusando do freio, só para vê-lo incandescente, o carro mais facil de fazer isso era o santana 2000 89 do meu pai, de freios solidos, ja cheguei a deixar igual à foto de abertura.

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  9. Bob, fadiga é um correspondente português?

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  10. Marcus
    Não é. Fadiga é falso cognato de fading e boa parte da imprensa automobilística comete esse erro.

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  11. Apesar de fadiga não ser uma tradução fidedigna à palavra "fading", acho que a representa bem...
    Na musculação, fadiga é justamente o esgotamento do músculo por um esforço intenso, algo parecido com o freio. A diferença é que os freios se recuperam muito mais rápido.

    Belo post, parabéns.

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  12. Este comentário foi removido pelo autor.

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  13. Ehhh, Leonardo...seu Pai devia ficar uma fera contigo quando "esmerilhava" o carro dele e voltava pra casa com as pastilhas de freios fininhas, fininhas.
    No final da brincadeira, quem pagava a conta? ah ah ah
    Abraços a todos os AEs.

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  14. Outra problema relacionado aconteceu comigo em um Track Day. Quando os freios eram muito exigidos eu sentia uma vibração muito forte no pedal do freio. Talvez os discos estivessem empenados, mas foi algo que só aparecia quando eu forçava várias voltas fortes.

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  15. Bob, vc é parente do Décio Correia?
    Meu, como parece.

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  16. Anônimo 21/6 17:16
    Ruído de freio a disco, de certa forma, é um mistério. Repare não ocorre sempre e somente dá freando de leve. Também, aparece mais quando o ar está seco. O conselho que dou a todos que me falam a respeito é simplesmente esquecer, pois costuma desaparecer por sí só. Além disso, minha experiência diz que freios que "apitam" são os melhores. Tive ruído em carros meus estando as pastilhas "vitrificadas" ou não, tanto faz.

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  17. Nao sou o Bob mas respondo: Não! O Bob é inteligente e tem um raciocinio critico

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  18. Este comentário foi removido pelo autor.

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  19. Bob;

    Vc é a favor de dar passe em discos de freio?

    Um grande abraço

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  20. Eu não tô sacaneando.
    A pergunta é séria.
    Décio Correia é colunista da Aero Magazine e um grande profissional no ramo dele, ô meu.
    Que nem o Bob.

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  21. Bob, uma pergunta.
    Você está descendo a serra, uma senhora serra, os freios acabam.
    Qual a primeira atitude que você tomaria pra não se esborrachar morro abaixo?
    Abraços.

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  22. Antonio C. Jr
    Usaria freio-motor, reduzindo, e aplicaria o freio de estacionamento.

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  23. Shimomoto,
    Passe só para corrigir eventual empeno ou se a pastilha tiver acabado e danificado a superfície. Caso contrário, não.

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  24. A gente sempre tem estas etapas na mente, Bob, mas eu fico imaginando se, por uma infelicidade, durante a redução a gente acabar se perdendo com as marchas... sabe como é, reduzir e puxar o freio de mão ao mesmo tempo, numa emergência, é tarefa para poucos, com nervos de aço e muita habilidade.
    Ishh...

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  25. Isso que o senhor falou de os melhores freios por um acaso serem os que apitam, aconteceu comigo. O Gol (95, não sei se ainda era de amianto) saio zero da concessionária e ficou acho que metade da vida útil com apito, depois parou, depois voltava. O carro estava com 40 mil km e ainda com estas pastilhas boa pra uso, fui trocar o fluido uma certa vez e me fizeram a cabeça pra trocar as pastilhas, meu Pai quase me matou por ter jogado produto ainda bom fora. Nunca mais esqueci a lição, principalmente agora na era do "óleo de 5 mil ou seis meses".

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  26. Antonio C. Jr
    Felizmente as chances de um carro ficar sem freio são hoje bem remotas, graças ao duplo-circuito hidráulico. No caso de falha em um circuito duas rodas permanecem com freio, apenas notando-se grande aumento no curso do pedal. Todos deviam ao menos uma vez dirigir um carro em situação monocircuito, só para aprender e registrar como se comporta o pedal e o carro. Me lembro de ter feito isso quando chegou o primeiro Passat na minha concessionária, mandei esvaziar uma das linhas hidráulicas e saí com o carro. Dá para dirigir bem, embora com metade de potência de freio no caso do Passat, que tem linhas em diagonal. Num sistema paralelo, dianteiro-traseiro, a perda do freio dianteiro é problemática, enquanto a do traseiro pouco muda, só um pouco mais se o motor for trseiro.

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  27. Thales SR
    Fadiga em inglês é fatigue...

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  28. Muito legal o texto Bob!. Suas postagens técnicas são as melhores!

    obs: Aguardo uma postagem sobre o ''Punta Tacco''!

    Henrique.

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  29. Não sei se estou falando besteira, mas acho que a grande maioria dos motoristas não sabe frear forte. Outro dia li um comentário num forum de uma pessoa que vinha a 60 km/h no seco, freiou e mesmo assim atingiu um cachorro, e ainda disse que o ABS o salvou de um estrago maior do que o que teve no parachoque. Certamente o ABS nem estrou em ação, e mais certamente ainda os freios não foram aplicados em sua plenitude.

    Acho que treinar frear deveria ser praticado.

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  30. E o MB-Sprinter que chegou ao nosso mercado com as rodas de ferro sem qualquer furação de ventilação. Fading constante e "comia" pastilha, que duravam 10 mil km. Pouco tempo depois trocaram por rodas com furos de ventilação.

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  31. Na minha vida de motorista ainda não exprementei o fading, mas, meu sofrimento foi quando passei com um fusca chassi 1200 em umas poças d'água. Os freios simpesmente sumiram porque molhou os tambores. Foi emocionante.

    Sds,

    Cristiano Zank

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  32. Alexei Silveira21/06/2011, 21:08

    Bob, ótimo texto, é impressionante a sequência que vem fazendo! Pegar um texto como esse depois de ler o hilário belinoso que o AK escreveu é ganhar o dia...


    O fluido DOT 5.1 , ao contrário do Dot 5, não tem o silicone. Dá para substituir normalmente para quem o DOT 4 ainda não é suficiente.

    A pastilha de freio tem cerca de 50componentes. Peço as para um amigo, que é o técnico-cientista de um fabricante. Mando um bilhete com detalhes do uso , elas rendem o fino !!

    Sobre o assovio, sua experiência confere : um desses componentes da pastilha do freio é grafite, usado entre outras coisas para o carro ficar mais econômico e dar mais velocidade ( as pastilhas tocam SEMPRE o disco).
    As que tem menos grafite podem chiar, mas freiam melhor.

    Depois que perdemos o Amianto, o negócio em freios e embreagens é usar tudo customizado, por encomenda.

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  33. Fading?

    Pegue um Escort Zetec e de uns porretes servidos....dps me conta como ficam os discos.

    Agora....nada melhor doq um acelero forte num antigo fusca 65 c/ tambores nas 4....hahahahha.

    Tudo ovalizando lá dentro!

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  34. Bob;

    Uma coisa eu noto: Algumas pessoas tem mais propensão a ficar sem freios nos carros que outras exatamente pela forma de dirigir.

    Minha mulher, por exemplo tem o (péssimo) costume de colocar o carro no ponto morto em qualquer situação. Outro dia ela saiu na estrada de Ranger e reclamou que o freio quando ela solicitou, nao respondeu a contento.

    Refiz o trajeto dela e da maneira com que vi ela fazendo com o Peugeot 207 fiz com a Ranger e o resultado foi fading mesmo: Coloca em ponto morto, num leve e contínuo declive de uma via marginal de acesso e segura a picape no freio para ela nao embalar. Quando chega a lombada, pisa no freio 9já quente) de uma vez e o resultado é o mesmo, discutido no seu post!

    Um grande Abraço

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  35. Marcelo Junji21/06/2011, 21:26

    O sistema de freio a tambor têm montagem mais complicada, mais peças e mais material para sua construção. Então, qual é o motivo de usá-lo? Será que a diferença de preço entre um freio a tambor e um freio a disco é muito grande?
    O sistema a disco é tão mais simples, que dá a impressão que custa menos.

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  36. Caio Cavalcante21/06/2011, 21:49

    Bob,
    Seus posts são ótimas aulas! Ao ler, foram surgindo dúvidas, e sempre no parágrafo seguinte encontrei respostas!

    Mas ainda ficaram duas:
    o que causaria a "vitrificação" das pastilhas, se não o fading?

    Carros automáticos são preparados para ter freios mais exigidos. O que exatamente as fábricas alteram?

    Abraços

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  37. O freio das camionetas, suv's e picapes geralmentes são subdimensionados. A situação piora mais ainda quando estes tem cambio automático e o motorista dirige rápido e de qualquer jeito.

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  38. Recentemente meu sogro passou mal e tive que socorrê-lo. Sobrou pro Celtinha que, graças aos inúmeros quebra-molas e imbecis que não abrem espaço para um veículo em urgência, ferveu os freios ao ponto de dar aquele cheiro de pastilha queimada, acendeu a luz do freio de mão várias vezes e por fim, ficou fazendo aquele barulho de pastilha em fim de carreira, "ferro com ferro". Engraçado que depois de esfriar, o barulho parou e ao verificá-las, se encontram em bom estado ainda. Aos 62 mil Km e com o disco e pastilha de fábrica. Fluído eu trocarei logo, passou da hora já.

    Uma dica simples pra quem tem carro com disco sólido é frear e soltar aos pouquinhos, sem tirar o pé do pedal totalmente. O mínimo que se tira já dá uma resfriada pra frear novamente com mais eficiência. É meio chato e desconfortável, mas eu percebo uma boa melhora. Uma bobeirinha que dependendo, pode ajudar.

    Abraços!

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  39. Tenho um Ford Ka 2008 com discos sólidos, que dão fading por qualquer freada um pouco mais forte! Da até medo de andar mais colado nos carros, pois, incluisive, já tive que sair da pista para não bater, porque o freio não segurou mesmo.
    O que o Amigo Rafael M disse aí em cima é verdade: ao se soltar um pouco o freio durante a frenagem realmente melhora...mas não impede o fading!!
    Não tem comparação discos ventilados com discos sólidos!!
    Nem quero imaginar o que é frear um carro com freio tambor dianteiro...Deus me livre!!
    Abs

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  40. Depois que aumentei a cilindrada do Fusca, foi praticamente obrigatório abandonar os tambores dianteiros em favor de discos. Diferentes com água e vinho, talvez a melhor mudança que fiz no carro até hoje.

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  41. Acredito que usem a expressão "fading" devido à impressão que o motorista sente sob o pé, do sistema de freio estar "desaparecendo" e não por mudança nas características físicas da peça em si, o que seria o caso da fadiga do material.
    A fadiga de material, em engenharia, refere-se a esforços aplicados alternadamente até que o a elasticidade do material deixe de existir, levando ao rompimento do mesmo. Por analogia, poderíamos falar em disco de freio trincado por fadiga na situação de aquecimento e resfriamento sucessivos e bruscos, mas na verdade isto é uma falha devido a choque térmico, onde a expansão e contração do material, por serem muito rápidas, causam as trincas.

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  42. Passei por isso recentemente, descendo nossa Fiorano (Grajaú-Jacarepaguá), duas matadas fortes de morro abaixo com o Clio e na terceira acabou o atrito das pastilhas. Felizmente havia bastante margem de segurança e ninguém por perto.

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  43. Bob
    Sei bem o que é isso... e o carro era nada menos que um Santana CD ano 86, 1,8l e seus famigerados discos sólidos. Era nítido como o sistema era subdimensionado para aquele modelo. Me admira a VW demorar em perceber isso e, ainda assim, lançar o motor 2,0l com os mesmos freios!

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  44. Fading, algo normal nos Astra 1.8 GL... aqueles poucos com rodas 13" originais. Era coisa de louco a cor que ficavam aqueles discos depois de uma boa dose de lenha junto com meu primo.

    GiovanniF

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  45. Interessante. E dizer que fadiga e "fade" tem origem numa mesma raiz latina, que significa cansado. AGB

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  46. Bob, maravilha de post!

    Lembrei da época da Parati Turbo, mesmo com discos ventilados, lembro de chegar em casa com os discos incandescentes por mais de uma vez... rsrsrs

    Acho que a VWB aprendeu com o Santana, lançaram o Fox com o conjunto do Golf, ou seja, fading no Fox (ao menos no 1.6 2005) difícil heim...

    Quanto à passe em pastilhas... Não nos meus carros!

    Abs

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  47. ops! saiu uma crase aí sem querer...

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  48. Sr.Sharp
    Mais uma bela aula;agradecemos o privilégio
    Quanto à questão colocada sobre retificar as faces dos discos,é exatamente isso-só se for para remover riscos; ainda assim,só até o limite da espessura mínima Disco que empenou,foi porquê superaqueceu;se superaquecer de novo,vai deformar com maior facilidade,tanto por alteração do material como por ficar mais fino depois da retífica,mesmo dentro da tolerância de espessura
    Então,empenou,trocou...
    Na ebulição do fluido, as bolhas q. se formam no circuito não são de ar;
    são de vapor dos seus próprios componentes e,se o fluido estiver contaminado,de agua tambem
    Boto muita fé no desenvolvimento de materiais cerâmicos mais acessíveis para os freios automotivos-são realmente fantásticos!

    Esperando a próxima aula...

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  49. gaboola
    Correto, só citei ar por questão de didática, para falar na compressibilidade. Agradeço.

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  50. Na matéria sobre o 'punta-tacco' eu ia postar sobre a proximidade dos pedais do Megane, muito propícia para essa manobra, distância reclamada por alguns - vai entender. Mas aproveito essa matéria sobre o 'fading' para confirmar sua observação quanto a frenagem do Megane pós 2006. Para meu prazer possuo um e os freios me impressionam até hoje. Já andei bem forte e nunca percebi o 'cansaço', mas o cheiro de queimado após parar é bem notório, hehehehe. Abraços.

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  51. Possuo um Honda Fit 2007/08, do qual troquei pastilha e disco( não originais ) por duas vezes. A primeira descendo a Serra de Teresopolis RJ, notei a roda chiando e verifiquei que havia cheiro de pastilha e o freio ficou mais pesado.Levei a um mecanico e verioficamos que a pastilha somente de um lado havia acabado.Troquei as pastilhas e o disco de freios novamente.Em nova viajem, verifiquei que os freios depois de aquecido, fica um pouco pesado e o carro sinto que não esta freiando normalmente.Acredito que quando ocorre o problema, somente freia em duas rodas.Isso pode ocorrer em função das pastilhas não serem originais?

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  52. cara adorei bem detalhado valeu vou me ligar um pouco mais nos freios pois vivo muito em trechos de serra e noto uma leve falta de freios ... obrigado

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